sábado, 7 de maio de 2011

Valores Humanos

Não somos perfeitos, estamos passíveis a cometer erros a qualquer momento, ou até mesmo em repetí-los.
Na caminhada da vida, vamos nos educando, moldando nossos hábitos, costumes e uma série de outros fatores preponderantes e também predominantes, baseados quase sempre na educação que recebemos, do meio, dos livros que leu e tantos outros, porém alguns valores são imprescindíveis a qualquer homem de bem; se não os tem, é melhor buscá-los, tipo: lealdade, dignidade, honestidade, humildade e perseverança.

A lealdade é muitas vezes confundida com fidelidade, e pela minha ótica, não são, tem conotações diferentes, pode até ser que a linha entre elas seja tênue em alguns casos e em outros fortes demais para serem confundidos. A fidelidade traz consigo um apelo sexual inserido. A fidelidade diz respeito em 99% dos casos aos relacionamentos, a lealdade é um sentimento maior e mais individual. A lealdade transcende uma simples traição física, por exemplo, que seria a sexual; trata-se de traição moral, em todos os âmbitos e paradigmas, quebrar uma lealdade, é a quebra total de uma confiança pré-estabelecida e/ou conquistada e a demonstração pública da  ausência do caráter, ela não se baseia unicamente em características culturais comuns, mas está relacionada a princípios universais. 
Sinceramente, classifico o ser humano em lixo humano, quando existe por anos e anos uma lealdade quase implícita e ela é quebrada. A quebra da lealdade machuca  mais que a traição física. Quem já viveu experiência semelhante, entende perfeitamente a diferença entre lealdade e fidelidade. Imagina ser traída por um amigo de décadas, imagina ser traído pelo funcionário padrão, o exemplo, e assim sucessivamente. Porém, sabemos que podem existir as duas ao mesmo tempo.
E é neste ponto, ou neste pensamento, que tudo em que acredito, vem por terra: o homem é realmente produto do meio, da criação que obteve da família? ou ele nasce pronto. Conheço lixos humanos em que a família é digna e honrada. Como explicar todas as teorias que aprendi, vivências... é tudo muito louco, por isso digo sempre a mim mesma: a melhor forma de viver é um dia de cada vez, aprendendo, reaprendendo, sempre, dizer eu errei, é digno, é humano. Não são somente as escolas e os livros que nos preparam, mas lições da vida, é na observação do humano, que aprendemos a ser humanos.
Kant nos diz que o ser humano é um valor absoluto, fim em si mesmo, porque dotado de razão, sua autonomia racional, é a raiz de sua dignidade, pois é ela que faz do homem um fim em si mesmo.
Nesta vida temos que ser muito perseverantes, pois se assim formos teremos a virtude que contribui para o êxito na vida humana. É tudo um longo exercício da virtude.
Sobre honestidade, Seneca nos diz em uma simples frase o que precisamos saber: "O homem honesto não será desviado do que é digno por coisa nenhuma". Não há o que acrescentar. Assim como a humildade, que sem ela não chegaremos a lugar algum. Ser humilde não é humilhar-se, e Santo Agostinho disse "Simular humildade é ser soberbo."  Então sejamos humildes mesmo!!!! Sem rodeios.

Porém tenho que acreditar que o amor tem que ser a base de tudo, e se esta base é sólida vem a amizade, o respeito ao próximo e às diferenças.
Não podemos esquecer também que é no trabalho que a gente encontra, mais que no dinheiro para sobreviver, a valorização do ser humano e de sua auto estima.
Há poucos dias, voltando de Curitiba, li naquelas revistas de bordo algo muito interessante, que é mais ou menos assim:  temos dois grandes centros dentro de nós, o da compaixão e o tóxico, que a todo instante temos que fazer escolhas entre o bem e o mal e que temos que estar sempre atentos a estas escolhas e afastar o perigo da escolha errada. Acionemos então sempre a compaixão em tudo que vivemos. Mas independente do centro que você autorizou a escolha, tiremos sempre lições para a vida e assim quem sabe, façamos cada dia a mais, escolhas certas.