domingo, 24 de novembro de 2013

O recomeço, através do Transplante de Medula Óssea

Devemos recomeçar quantas vezes forem necessárias. Existe uma força maior, bem maior que todos nós, que nos ensina, que nos protege e que nos dá forças para enfrentar “quaisquer situações” seja em que recomeço for.

 Estou pronta.

 Estar pronta não é colocar uma capa vermelha e sair por aí, é estar pronta para superar e tentar vencer se Deus permitir.

 Entre Deus e nós pequenos e fracos seres humanos um livre arbítrio faz de nossas escolhas a decisão correta. No meu caso estou dependendo de uma equipe médica, de todos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente para o sucesso, de mim mesma e da minha família que me dá o suporte necessário, e de uma pessoa ÚNICA que está acima de todos nós, menos de Deus, é claro, DE UM DOADOR DE MEDULA ÓSSEA.

 Quando tive minhas gêmeas (Kelly e Karen), hoje com 29 anos, minhas primeiras filhas, não tive medo algum. 


Diziam que eu não deveria comprar dois berços antes de 7 meses ... e muitas superstições. Comprei os dois berços no segundo mês de gravidez, enfeitei todo o quarto e no sétimo mês já tinha até os cortinados. Elas nasceram no tempo certo, na hora certa. São lindas e tive lindos sonhos para elas, e na mesma rapidez arrumei tudo para a terceira filha (Marina). Linda! 





 E meus sonhos continuaram. Sabia que teria que empurrar para vencerem, porque me imaginava a toda poderosa. E para minha surpresa me vi sendo empurrada pelas três superpoderosas, que por todo o tempo, foram responsáveis, estudiosas, trabalhadoras, certinhas demais pro meu gosto, a bem verdade.

 Minhas gêmeas aos 09 anos apresentaram baixa de plaquetas e aqui começa uma via sacra de médicos, hospitais, diagnósticos errados, certos... Mas não foi e nem é uma luta difícil, sempre foi serena, cercada de pessoas sempre prontas a ajudar, a colaborar. E com toda certeza com Deus abrindo portas nunca imaginadas. 
Minha caçula, nunca apresentou nenhum problema, tem uma saúde excelente. Todas casadas, já formadas e seguindo suas vidas.


 O diagnóstico final para as gêmeas é Aplasia Medular. Elas possuem um problema genético nos Telômeros. Elas não, preciso corrigir. Kelly não tem mais. Fez Transplante de Medula Óssea em 2010 e graças a Deus, ao DOADOR, à TODA equipe do TMO do HCUFPR ela está ÓTIMA!

 Agora, no final de 2013, após uma gripe fortíssima, Karen apresentou uma grave aplasia medular, nos assustou a todos porque desde seus nove anos (hoje com 29) manteve seu hemograma em níveis aceitáveis pelos médicos. O hematologista de minhas filhas em Uberlândia é o Dr. Adilson Botelho Filho e faço questão de mencioná-lo porque nos últimos 10 anos tem me socorrido, na mesma calma, transparência e competência.

 Portanto estamos na luta e vamos vencer esta batalha. Karen fará seu transplante também em Curitiba com a mesma equipe (Dra. Carmem Bonfim, Dr. Lisandro Ribeiro e tantos outros que fazem parte da equipe e na qual acreditamos e confiamos.

 Este pequeno relato se vocês observarem nas estrelinhas tem muitas vidas envolvidas, do meu marido Rogerio Rufino, de todos nossos familiares, meus genros e filhas, tantos amigos ... e assim é a estória de milhares por aí, alguns com final triste outros com final feliz ... assim é a vida.

 Porém para que haja estórias, sonhos, esperanças numa família que aguarda um transplante, depende única e exclusivamente de um DOADOR.

 Estamos esperando VOCÊ!