sábado, 6 de julho de 2024

 

Reflexoes sobre gerações, religiões e outros que podem  vir à minha memória no decorrer do texto

 

Tenho visto nas redes sociais fotos alegres postadas, do dia dos avós.  Árvores Genealógicas, discussões saudáveis sobre ancestralidade, etc.  Isto me fez voltar ao tempo e a perguntar-me o que mudou?
Filhos nascidos a 60 anos respeitavam mais? Menos? Medo? Respeito? Falhamos como filhos e com nossos filhos?

Não tenho esta resposta, porém sinto que a geração 20 – 40 anos, acabaram por enfrentar desafios significativos.  Cresceram com computadores pessoais, smartphones e acesso à internet, o que pode ter gerado expectativas elevadas sobre  futuro.

 No entanto, muitos de gerações passadas enfrentaram recessões econômicas, demissões em massa e estagnação salarial e  essa desconexão entre expectativa e realidade pode explicar por que alguns destes veem como “fracassados” os mais novos e estes mais novos, muitas vezes  critica os mais velhos também. Parece confuso, porém para se descobrir talvez é preciso esvaziar a mente, porque é  importante lembrar que a culpa não é exclusivamente de nenhuma geração; a economia desempenhou um papel significativo. Além disso, a busca constante por estímulos e a pressão por sucesso podem ter impactado até a  saúde mental. Em resumo, se os mais velhos enfrentaram desafios únicos e não devemos generalizar ou culpá-los por tudo, outras gerações  têm suas próprias lutas e realizações.

Então o que  podemos aprender com as lutas destas diferentes gerações, é que  cada geração enfrenta desafios específicos, como guerras, crises econômicas ou avanços tecnológicos. A capacidade de se adaptar e superar essas dificuldades é fundamental. A geração mais velha pode ensinar a perseverança, enquanto os mais jovens mostram flexibilidade diante das mudanças.

A visualização e o entendimento  são fundamentais à compreensão, mas como fazer estas diferentes gerações conversarem sem discussões e serem mais amáveis...

Bem, como se fala muito em Cuidados Paliativos (a mais nova disciplina obrigatória nos Cursos de Medicina), pode ser que promover a compreensão e a empatia (empatia que leve à Compaixão),  entre diferentes gerações é fundamental para um diálogo saudável.

Se ambas gerações se esforçarem para ouvir com atenção, aliás até mesmo entre as próprias gerações,  evitando interromper e realmente entender o ponto de vista do outro, reconhecendo que cada geração tem experiências e perspectivas diferentes é essencial. Respeitar as opiniões e valores uns dos outros, e aqui em qualquer nível, hierarquia, religioso, politico,  etc, pode dar certo.

 

Talvez se lembrarmos da compaixão, amor e igualdade ensinado pelo  maior  Mestre, que não julgou, que nada perguntou, só acreditou e amou,

-  que sabia que Pedro era impulsivo,

-  que o irmão de Pedro, André, tão discreto, porém considerado o conector,

- Tiago muito tímido,

-  João amado por todos,

- Filipe , pragmático e às vezes Cético,

- Natanael, muito sincero,

- Mateus que cobrava impostos,

-  Tiago, filho de Zebedeu, inoportuno

- Tomé, também cético

- Tadeu – de poucas palavras

- Simão, o Zelote, visto como rebelde

- Judas – o que veio a trair

- Madalena – que não merecia respeito por muitos

- a mulher que sangrava e a filha de Jairo (sem nomes)

- os leprosos....

Ninguém desentenderia, padres, bispos, arcebispos, pastores, Budistas, Xamã (indígenas), Rabino (judaísmo) etc etc, as classes sociais, diferentes gerações... Mas acho que estamos longe destes entendimentos. Exemplos temos muitos, mas não paramos para pensar, para refletir.

Saindo um pouquinho da fé religiosa, e voltando  a mulher mãe, esposa, filha, profissional, porque lembrei do livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, (excelente!) escrito por Clarissa Pinkola Estés que explora a natureza selvagem feminina onde argumenta que todas as mulheres possuem uma essência instintiva e selvagem e muitas vezes reprimida pela sociedade, devemos nós reconectarmos  a essa natureza interior, permitindo que nos tornemos mais autênticas e realizadas em nossas vidas,  através de histórias, mitos e análises da nossa psique feminina, e nos convida  a questionar padrões, a acessarem nossa intuição e a abraçarem nossa força interior. O nosso arquétipo, a nossa ancestralidade.

Será que estamos perdendo nossas raízes? Estaremos sem tempo para meditar toda a essência da nossa vida?  

Saudade daquela frase da minha mãe: você vai entender quando for mãe... às vezes ao ver algumas insanidades, creio que minha mãe mudaria esta frase...

 

 

Mas conseguiremos largar os celulares para estas conversas necessárias?

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