Reflexoes
sobre gerações, religiões e outros que podem vir à minha memória no decorrer do texto
Tenho visto nas redes sociais
fotos alegres postadas, do dia dos avós.
Árvores Genealógicas, discussões saudáveis sobre ancestralidade,
etc. Isto me fez voltar ao tempo e a
perguntar-me o que mudou?
Filhos nascidos a 60 anos respeitavam mais? Menos? Medo? Respeito? Falhamos
como filhos e com nossos filhos?
Não tenho esta resposta, porém
sinto que a geração 20 – 40 anos, acabaram por enfrentar desafios
significativos. Cresceram com
computadores pessoais, smartphones e acesso à internet, o que pode ter gerado
expectativas elevadas sobre futuro.
No entanto, muitos de gerações passadas
enfrentaram recessões econômicas, demissões em massa e estagnação salarial e essa desconexão entre expectativa e realidade
pode explicar por que alguns destes veem como “fracassados” os mais novos e
estes mais novos, muitas vezes critica
os mais velhos também. Parece confuso, porém para se descobrir talvez é preciso
esvaziar a mente, porque é importante
lembrar que a culpa não é exclusivamente de nenhuma geração; a economia
desempenhou um papel significativo. Além disso, a busca constante por estímulos
e a pressão por sucesso podem ter impactado até a saúde mental. Em resumo, se os mais velhos
enfrentaram desafios únicos e não devemos generalizar ou culpá-los por tudo,
outras gerações têm suas próprias lutas
e realizações.
Então o que podemos aprender com as lutas destas
diferentes gerações, é que cada geração
enfrenta desafios específicos, como guerras, crises econômicas ou avanços
tecnológicos. A capacidade de se adaptar e superar essas dificuldades é
fundamental. A geração mais velha pode ensinar a perseverança, enquanto os mais
jovens mostram flexibilidade diante das mudanças.
A visualização e o
entendimento são fundamentais à
compreensão, mas como fazer estas diferentes gerações conversarem sem
discussões e serem mais amáveis...
Bem, como se fala muito em Cuidados
Paliativos (a mais nova disciplina obrigatória nos Cursos de Medicina), pode
ser que promover a compreensão e a empatia (empatia que leve à Compaixão), entre diferentes gerações é fundamental para
um diálogo saudável.
Se ambas gerações se
esforçarem para ouvir com atenção, aliás até mesmo entre as próprias gerações, evitando interromper e realmente entender o
ponto de vista do outro, reconhecendo que cada geração tem experiências e
perspectivas diferentes é essencial. Respeitar as opiniões e valores uns dos
outros, e aqui em qualquer nível, hierarquia, religioso, politico, etc, pode dar certo.
Talvez se lembrarmos da
compaixão, amor e igualdade ensinado pelo maior Mestre, que não julgou, que nada perguntou, só
acreditou e amou,
- que sabia que Pedro era impulsivo,
- que o irmão de Pedro, André, tão discreto,
porém considerado o conector,
- Tiago muito tímido,
- João amado por todos,
- Filipe , pragmático e às
vezes Cético,
- Natanael, muito sincero,
- Mateus que cobrava impostos,
- Tiago, filho de Zebedeu, inoportuno
- Tomé, também cético
- Tadeu – de poucas palavras
- Simão, o Zelote, visto como
rebelde
- Judas – o que veio a trair
- Madalena – que não merecia
respeito por muitos
- a mulher que sangrava e a
filha de Jairo (sem nomes)
- os leprosos....
Ninguém desentenderia, padres,
bispos, arcebispos, pastores, Budistas, Xamã (indígenas), Rabino (judaísmo) etc
etc, as classes sociais, diferentes gerações... Mas acho que estamos longe
destes entendimentos. Exemplos temos muitos, mas não paramos para pensar, para
refletir.
Saindo um pouquinho da fé
religiosa, e voltando a mulher mãe,
esposa, filha, profissional, porque lembrei do livro “Mulheres que Correm com
os Lobos”, (excelente!) escrito por Clarissa Pinkola Estés que explora a
natureza selvagem feminina onde argumenta que todas as mulheres possuem uma
essência instintiva e selvagem e muitas vezes reprimida pela sociedade, devemos
nós reconectarmos a essa natureza
interior, permitindo que nos tornemos mais autênticas e realizadas em nossas
vidas, através de histórias, mitos e
análises da nossa psique feminina, e nos convida a questionar padrões, a acessarem nossa
intuição e a abraçarem nossa força interior. O nosso arquétipo, a nossa
ancestralidade.
Será que estamos perdendo
nossas raízes? Estaremos sem tempo para meditar toda a essência da nossa vida?
Saudade daquela frase da minha
mãe: você vai entender quando for mãe... às vezes ao ver algumas insanidades,
creio que minha mãe mudaria esta frase...
Mas conseguiremos largar os
celulares para estas conversas necessárias?
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