terça-feira, 4 de novembro de 2025

Distinção clara e justa: as Comunidades Compassivas e os problemas do Rio de Janeiro

 Fazem alguns dias que leio “coisas” que me entristeceram muito: não vou me ater a críticas mas vou focar no que a Comunidade Compassiva representa. Você que faz parte dos maus informados vamos juntos fazer alguns reconhecimentos:  

É lamentável que, em meio a discussões sobre as adversidades do Rio, um trabalho de tamanha profundidade humana seja ignorado ou mal interpretado. A verdade é que a Comunidade Compassiva, que nasceu em locais como a Rocinha e o Vidigal, representa justamente a capacidade de superação e a força da solidariedade que existe nessas comunidades.

Essa iniciativa não surgiu do nada, nem de fora. Ela foi gestada dentro das comunidades por profissionais de saúde, educadores e, crucialmente, pelos próprios moradores. O foco é essencialmente humanitário: garantir que pessoas com doenças que ameaçam a vida e seus familiares recebam Cuidados Paliativos dignos, onde o Estado muitas vezes não chega de forma plena. É um modelo de saúde pública e de apoio comunitário que está se espalhando pelo Brasil.

É importante saber que o movimento é um farol de esperança e não um problema. Ele se baseia no cuidado mútuo, na capacitação de leigos — os Agentes Compassivos — e na criação de redes vivas de apoio que fazem a diferença real na vida de quem mais precisa. A expansão desse modelo para diversas partes do país prova que essa é uma solução valiosa e replicável para a equidade em saúde.

Portanto, incluir as Comunidades Compassivas em uma lista de 'coisas ruins' demonstra um profundo desconhecimento sobre o que é o cuidado solidário e a cidadania ativa. Pelo contrário, elas merecem ser mencionadas como um dos maiores exemplos de organização social, resiliência e compaixão que o Rio de Janeiro e o Brasil podem oferecer.

A seguir deixo resumido algumas frases para os que criticam ou criticaram fazer a gentileza de decorar:

(1) Elas são Resiliência e Solução pois as Comunidades Compassivas não faz parte do problema; ela é um exemplo de como as favelas se organizam para gerar soluções humanitárias onde o Estado é ausente, oferecendo Cuidados Paliativos com dignidade."

 (2) A iniciativa nasceu da união de moradores, médicos e professores para garantir o cuidado mútuo e o alívio do sofrimento, um modelo de solidariedade que o Brasil todo está adotando."

(3) Incluir este movimento no lado negativo é ignorar que ele é, na verdade, um farol de cidadania e compaixão. É a prova da resiliência comunitária, não da adversidade."

(4) A Comunidade Compassiva, surgida na Rocinha e Vidigal, é um projeto de extensão universitária e comunitária que leva Cuidados Paliativos de qualidade através de Agentes Compassivos locais. É um trabalho sério e essencial.

CONCLUSÃO 

"É essencial fazer uma distinção clara e justa: as Comunidades Compassivas não se somam aos problemas que o Rio de Janeiro enfrenta; elas são um brilhante exemplo de solução humanitária e resiliência social. Essa iniciativa, que nasceu nas favelas da Rocinha e Vidigal pela união de profissionais de saúde, educadores e, principalmente, dos próprios moradores (os 'Agentes Compassivos'), foca em levar Cuidados Paliativos dignos e apoio integral a pessoas em condições de vulnerabilidade. O movimento é um modelo de saúde pública baseada no cuidado mútuo e na solidariedade ativa, expandindo-se para diversas comunidades em todo o Brasil. Portanto, em vez de ser associado a dificuldades, o trabalho das Comunidades Compassivas merece ser reconhecido como um dos maiores e mais nobres exemplos de cidadania e organização que emerge do nosso país."

E espero em breve ter 2, no mínimo, em cada estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário